UM POUCO DE MACHADO NO SANTO
Nenhuma obra de arte nasce do nada.
A discussão sobre o peso das influências vividas remontam às discussões de professor e aluno como Platão x Aristóteles, como também podem aportar no século XX em Freud x Jung.
Vivências inspiram, alimentam e retroalimentam características de cada um de nós.
Ao mesmo tempo que somos a soma das experiências que vivenciamos, nossas experiências também surgem a medida que o que somos nos conduz a experienciar isso ou aquilo, X ou Y, em uma plêiade de influências que vão desde a nossa origem social, proveniência geográfica, ramo familiar, época vivida e língua falada.
Machado de Assis é provavelmente uma influência para qualquer autor brasileiro, voluntária ou involuntariamente.
Mais do que um escritor, Machado é um genuíno filósofo, conseguindo dissecar tanto aspectos que parecem particulares da sociedade da sua época, como também era um arguto observador de condições essenciais que parecem inerentes à natureza humana.
Santo Adamastor não existiria sem o Alienista,obra que faz troça com o racionalismo, a ciência, a política e acima de tudo, com os próprios limites do conhecimento.
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